Um sistema fixo instalado no osso alveolar remanescente, com o objectivo de reproduzir a função de um ou mais dentes que foram perdidos. Não é um dente artificial completo, mas sim a raiz sobre a qual será construída uma prótese dentária (uma coroa ou uma ponte), com alicerce baseado por um ou mais implantes.
1. O que é um implante dentário?
Um sistema fixo instalado no osso alveolar remanescente, com o objectivo de reproduzir a função de um ou mais dentes que foram perdidos. Não é um dente artificial completo, mas sim a raiz sobre a qual será construída uma coroa ou uma ponte dentária, com alicerce baseado por um ou mais implantes.
2. Como se colocam os implantes dentários?
O protocolo de reabilitação de um ou mais dentes com implantes envolve duas etapas distintas: a etapa cirúrgica, onde são instalados os implantes e a segunda etapa protésica, de elaboração e colocação da prótese sobre o implante ou implantes.
Entre o dia da colocação do implante e o dia da colocação da coroa pode ter que se esperer por um período de 3 a 6 meses.
Em condições especiais, esse período de osteointegração do implante pode ser feito já com a prótese fixa provisória suportada pelo implante (carga imediata).
3. Como funcionam?
Quando colocados no osso, haverá um processo de integração e fixação ao osso no espaço de alguns meses. Durante esta etapa, o paciente poderá utilizar uma prótese provisória, fixa ou removível e fazer um controlo da placa bacteriana eficaz. Finalizado o período de osteointegração, poderá iniciar-se a fase de confecção da prótese dentária fixa que funcionará à semelhança de um dente natural.
4. Quem pode ser um candidato à colocação de um implante dentário?
Todas as pessoas podem ser candidatas a colocar implantes dentários, desde que tenham osso disponível. Se não houver osso suficiente para a colocação de um implante dentário existem diversos procedimentos para contornar esse problema.
Existem no entanto pacientes de risco. Os pacientes fumadores são considerados pacientes de risco para a colocação de implantes, sobretudo se fumam mais de 10 cigarros/dia – grande fumador), embora não os contra-indiquem. O tabaco afecta a cicatrização do osso e da gengiva pelo que podem ser esperadas mais complicações nestes pacientes, com maior taxa de infecções pós-cirurgicas e cicatrizações mais demoradas.
Também a taxa de sucesso da osteointegração dos implantes é cerca de 10% inferior nos pacientes grandes fumadores. A perda óssea em redor do implante, ao longo do tempo pode ser, também, mais acentuada neste mesmo grupo de pacientes.
5. Como deve ser feita manutenção dos implantes dentários?
A participação do paciente é muito importante durante toda a duração do tratamento seguindo as devidas recomendações do profissional. Após conclusão da fase protésica é necessário que o paciente esteja motivado para o controlo e manutenção do implante que agora passará a fazer parte da sua dentição normal.
A durabilidade do implante depende também dos cuidados por parte do paciente:
- Uma correcta higiene oral;
- Visita semestral segundo a indicação do profissional para o acompanhamento dos implantes;
O tratamento com implantes bem realizado desde o seu planeamento inicial e tendo a cooperação do paciente durante e após a sua conclusão, oferece um alto índice de sucesso.
6. Qual a duração um implante?
Existem vários estudos a longo prazo que comprovam a eficácia do tratamento com implantes, na ordem dos 90% a 98%, em pacientes com boa saúde oral e sistémica.
Os implantes actuais são constituídos por materiais muito resistentes (titânio) e desenhados para suportar as cargas da mastigação quando bem distribuídas, por muitos e muitos anos.
No caso de perder um implante pode sempre colocar outro sem que isso implique um risco acrescido de futuro fracasso.
7. Porque falham os implantes?
A maior parte das complicações ao longo do tempo, quando ocorrem, são falhas do próprio organismo e aparecem em redor do osso que suporta os implantes (peri-implantite), podendo resultar na perda do implante/prótese.
Os implantes podem perder-se por múltiplas razões normalmente associadas a diferentes fases do processo. Pode não se obter a integração do implante no osso por várias razões: infecções, deficiente vascularização, alteração da cicatrização (frequente nos fumadores) e as sobrecargas oclusais da prótese colocadas sobre os implantes.
Por outro lado, e mesmo ocorrendo essa integração do implante no osso estes podem perder.se por desajustes ou fracturas das próteses, ou dos elementos que unem os implantes às próteses, ou por infecções (por falta de higiene oral).